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Manutenção Preventiva - Porquê ainda está em segundo plano?

  • Foto do escritor: Luciano Lima
    Luciano Lima
  • 7 de abr. de 2022
  • 3 min de leitura

De forma geral, a gestão de ativos passa por uma importante etapa que se refere a manutenção preventiva.


Conforme figura abaixo, extraída do livro Maintenance Costs and Life Cycle Cost Analysis (Diego Galar, Peter Sandborn, Uday Kumar), observamos que são inúmeros os benefícios de uma manutenção eficiente e efetiva e o que passa impreterivelmente por uma manutenção preventiva bem executada.



Alguns conceitos básicos de manutenção preventiva continuam sendo negligenciados e me causam muita surpresa que ainda ocorram, principalmente em um momento em que a concorrência mundial e local é intensa, mas também num momento em que estamos discutindo a internet das coisas, indústria 4.0, etc.


Situações simples, como o uso do lubrificante correto, dentro do prazo de substituição recomendado pelo fabricante, muitas vezes não são seguidos. Não obstante, o planejamento de manutenção fica comprometido também quando a companhia adquire um novo equipamento e o time de implantação / suprimentos não envolve a manutenção.


Nesse último caso, o equipamento já está em comissionamento e muitas vezes a equipe de prontidão operacional não envolve a manutenção, ou até mesmo não existe a equipe de prontidão.


A etapa de confecção, discussão e alinhamento dos planos de manutenção deve ser realizada com bastante antecedência antes do start-up do equipamento. Ações como treinamento, peças sobressalentes, inspeção, etc. ficam comprometidas uma vez que o plano precisa ser confeccionado de forma reativa, impactando de forma negativa a manutenção.


Talvez um dos maiores problemas seja a questão dos KPI's estarem direcionados para o curto prazo, geralmente o ano corrente. Muitas vezes as equipes de manutenção tem uma grande pressão para redução da verba de manutenção, ou o aumento da disponibilidade do equipamento. Uma forma rápida de atender esses indicadores de curto prazo é justamente cortar custos e ações na manutenção preventiva, um paradigma em se tratando de manutenção.


Mas enfim, não acho que este artigo deveria entrar nesta questão conceitual da estratégia de manutenção. A provocação na verdade é para o negligenciamento da manutenção preventiva, sendo nesse caso fazer o básico, o feijão com arroz.


Como sempre vou tentar usar um exemplo básico, do dia a dia par ilustrar como culturalmente estamos negligenciando a manutenção preventiva dentro das corporações também.


Essa semana fui surpreendido com a seguinte frase: "Ninguém lê o manual do carro, não sei porquê fazem questão de comprar um carro usado com manual".


Enfim, no manual do automóvel existem inúmeras informações relevantes sobre a manutenção e operação do mesmo. Informações cruciais como especificação do óleo a ser usado, período de troca recomendado para componentes vitais (Ex.: correia dentada) e até mesmo qual pressão utilizar nos pneus fazem parte do manual.


Ou seja, a maioria das pessoas está de posse de um ativo, que muitas vezes é a principal fonte de renda e se dá ao luxo de nem ler o manual.


Da mesmo forma ocorre nas corporações. Manuais desatualizados, esquemas elétricos e desenhos de conjunto obsoletos, utilização de lubrificantes diferentes do especificado, definição de utilização de peças e componentes alternativos sem uma correta análise de valor, etc.


Já havia comentado em outro artigo que infelizmente existe uma visão equivocada da manutenção como centro de custos e não como um setor de criação de valor para o acionista. Essa mudança cultural ainda vai demorar, mas acredito que a concorrência internacional em determinadas indústrias irá forçar o caminho para estratégias LEAN, assim como aprimoramento da gestão dos ativos.


Não deixe de comentar e compartilhar mais este artigo.



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